domingo, 9 de agosto de 2015

Saudade





Um olhar no horizonte, agonia de não ter,
Vejo nosso pequeno lago, belo, sublime,
Ávido pelo beijo da lua, pelo toque das estrelas,
Reflexo de um coração ausente,
Clamando por um despertar presente,
Olho para as estrelas,
As mesmas que desenharam nossa história,
Embora distantes, permanecem juntas no firmamento,
Me trazem o calento da esperança de nosso encontro,
O fôlego para seguir em frente,
A luz de um universo banhado pelo seu brilho,
Que apesar de longe, ainda me alcança,
Tendo em comum o amor mais sublime e particular,
Amor que resiste o tempo e a solidão,
A espera do seu olhar, de seu belo sorriso,
Da vida que se recria quando estamos juntos,
Do universo de sentidos ante sua presença,
Cuja existência me torna o mais feliz dos mortais,
Cuja presença eleva meu amor à imortalidade,
O olhar atento ao nada, no simples e inquieto balançar da lua,
Me remete aos cinco sentidos da saudade,
Um perfume lançado ao tempo, me traz recordações e se faz presente como nunca,
Ao toque da pele, tenho a sensação de nunca ter dormido sozinho, o olhar...
Ah, o olhar....
Me remete à lua e ao lago,
Tendo a certeza que em algum lugar este será o nosso encontro e reencontro,
Porque o amor sempre será conjugado com a saudade, no passado, remetendo ao futuro,
Uma certeza que sempre será incerta,
Mas os cinco sentidos da saudade sempre estarão escondidos no mais íntimo do ser,
Para cada instante, olhando a lua refletida no lago,
Tenho a certeza que a saudade dará espaço à tua presença,
E assim ganho mais um fôlego e respiro ao que chamo de vida,
Invisível aos olhos, mas a saudade sempre será o ponto de partida e o fim da jornada.

Por José Eduardo Silva & Wilquer Ferreira, em 09/08/2015.


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