sábado, 1 de janeiro de 2011

Abstrações, como assim?

Abstrair, pois, é separar atributos, elementos. O raciocínio humano age por abstrações. Observemos a concepção da esfera, da circunferência, de uma área, abstraímos sempre certas características. O homem só concebe pensamentos por intermédio de abstrações. Juntamos qualidades aos objetos, damos-lhes certas características para permitir os conheçamos. Podemos, contudo, separar essas qualidades. São ângulos diversos por onde conhecemos as coisas e os fenômenos. Ante um campo podemos abstrair o verde ou, ainda, conceber a circunferência abstraída de uma determinada qualidade. Concebemo-la como ideal fora da percepção; por exemplo, o verde, o azul, independentes das coisas verdes ou azuis. No primeiro caso, desassociamos: no segundo, abstraímos. Toda ideia geral, em suma, é uma abstração. A ideia casa é uma abstração, porque encerra uma noção geral, universal de casa, mas sem os atributos perceptíveis.
A partir deste conceito, que tal reformularmos a nossa forma de interpretar o mundo?

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