terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Para sempre, desde sempre e antes mesmo de você saber!


Quando meus pés ainda tinham pouca firmeza e minhas mãos não alcançavam muita coisa, eu a vi pela primeira vez.  Seus olhos eram tudo que meu vocabulário, ainda curto pela idade, não poderia compreender. Ela estava lá, naquele velho balanço, linda como os raios de sol que banhavam sua pele macia e perfumada. 
Até hoje, depois de tantos anos, posso sentir o cheiro suave de seu perfume...
 Era primavera, a natureza festejava a minha alegria e meu desejo relutante de ouvir aquela voz... Depois de muito sofrer a dor daquela taquicardia, eu me encorajei, fui encontrar meu primeiro e único amor. 
-Olá, disse-lhe. Ela sorrindo: -Tudo bem, pode me empurrar? Disse-me.
 Depois de ouvir aquelas poucas palavras enaltecidas pela voz mais doce e o sorriso mais singelo que jamais meus pequenos olhos poderiam contemplar, eu corri, corri e corri. Não poderia ficar mais tempo ouvindo sua voz, pois sabia que perderia a razão e aquele pobre coração não aguentaria. Pouco tempo depois, senti uma dor inimaginável, meu coração havia apaixonado por aquelas batidas, incessantes, porém constantes. Meus sentidos apenas obedeciam àquele coração, pobre coração... Corri, corri e corri, mas agora na direção dos raios de sol que partiam daquele amor, doce amor que se tornou o meu sol, minha razão, meu mundo. Tarde demais, apenas pude ver os últimos balanços daquele banco vazio e agora, sem vida. 
Prometi que, se um dia aquele sonho se tornasse real e a visse novamente, faria de tudo para que o meu sol brilhasse todos os dias e meu mundo tivesse mais vida em seu sorriso.

- Olá digo-lhe...

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